Eja - Entre-os-Rios
Eja, uma terra abençoada entre os seus rios (Entre os Rios)
 |
Eja, em tempos idos chamada pelos Celtas Anégia, palavra celta
que significa rio, sempre fez jus aos rios Tâmega e Douro que,
por ela enamorados, a abraçam num enlace eterno, adornando as
suas margens com paisagens de um verde e azul refrescantes e
tonificantes.
|
| Verdadeiro paraíso de paisagens de rara beleza natural, Eja encerra em si segredos de águas termais ricas em propriedades curativas para o tratamento não só de doenças de pele, doenças respiratórias ou cardiovasculares, mas também para o tratamento de reumatismo e outras enfermidades da estrutura óssea, muito apreciadas pelos romanos que, maravilhados com tanta beleza e atributos aí construíram a Civitas Anegia e posteriormente reconhecidas pelos suevos, em especial pelo rei Leovogildo, aquando das invasões bárbaras. | ||
 |
 |
|
|
De facto, a presença romana é de tal forma marcante que ainda hoje encontramos os seus vestígios. Aliás, a igreja românica dedicada a São Miguel foi precisamente construída sobre as bases de um templo romano. Esta igreja que integra a Rota do Românico, apresenta um estilo românico tardio com características góticas bem definidas e ostenta um quadro representando a Sagrada Família da autoria de Pachini e uma escultura da Virgem Maria em pedra ançã do século XV.
|
 |
|
O povo de Eja é sem dúvida um povo dotado de uma religiosidade que, ao longo dos séculos, se foi revelando, desde logo, pela construção de várias igrejas e capelas que embelecem esta localidade de características arquitetónicas medievais, mas também pelas manifestações de fé expressas nas suas festas e romarias, em especial as dedicadas aos seus santos padroeiros, a Senhora de Eja (15 de agosto), a Santa Luzia (segunda-feira após a Páscoa) e o Santo António (junho) e as solenidades ancestrais, como a Procissão das Endoenças (Quinta-Feira Santa e Sexta-Feira Santa). |
|
Esta solenidade é sem dúvida a mais emotiva na medida em que este povo, associando a dor pela perda dos seus entes queridos, ao sofrimento e morte de Cristo, na Quinta-Feira Santa, percorre, em procissão, um verdadeiro Caminho do Calvário entre a igreja de Santa Clara (freguesia de Torrão, concelho de Marco de Canavezes), atravessando a foz do Tâmega e subindo até à Igreja de São Sebastião, no lugar de Entre-os-Rios, caminho que repete no dia seguinte em sentido inverso. |
|
|
| Mas, a emoção é ainda mais sentida na noite de Quinta-Feira Santa com o sermão da Santa Ceia e a procissão iluminada por milhares de velas colocadas no percurso, ora nos peitoris das janelas, nas varandas, nas ruas medievais que nessa noite respiram um ambiente que a todos convida ao recolhimento, mas também nas margens dos rios e nos barcos, dantes rebelos e hoje de recreio e de pesca que acompanham devotamente a procissão nas águas límpidas e férteis em sável e outras espécies piscatórias. |
|
|
Pois, o povo destas margens abençoadas é um povo que sabe agradecer ao Criador o dom da vida e a criação que a ele entregou para dela cuidar e a transformar em maiores riquezas. E assim fez, transformando gastronomicamente as riquezas das suas águas, mas também as riquezas dos seus campos verdejantes em pratos que são verdadeiras iguarias, como o arroz de lampreia, o sável, as carnes de porco sabiamente temperadas, anho assado com arroz de forno, sarrabulho doce ou o pão-de-ló e outros doces típicos, uma gastronomia que mereceu a distinção de Património Imaterial da Humanidade. |
 |
|
Turismo transfronteiriço
A integração de Espanha e Portugal no espaço económico e político europeu, significou a abertura de um campo de oportunidades no âmbito da cooperação entre os territórios fronteiriços que deram origem a um novo período de relações entre os dois países.
Ler mais
Publicidade
Oportunidade única!
O Rotas de Portugal pretende proporcionar outros horizontes para a sua Empresa ou Atividade,
temos neste momento uma série de contactos efetivos junto a
Instituições Regionais; Públicas e privadas.
Ler mais