Penafiel - Paço de Sousa


O berço de homens de lealdade e nobre coração

Habitada desde tempos imemoriais cuja memória se encontra gravada nos vestígios de um castro que se elevou no monte de Crestelo bem como nas sepulturas de inumação dos séculos III-IV, presentes no lugar de Casal d’Ouro, Paço de Sousa, nascida no Vale de Sousa, é hoje uma vila com uma história rica pelos protagonistas que aí nasceram e foram, ao longo da sua vida, verdadeiros exemplos de lealdade e nobreza de coração.


 






Desde logo, os fundadores do mosteiro, no século X, D. Godo Truitesindo Galindiz e sua mulher D. Anímia Sisnandus, que tendo edificado o seu paço no Vale de Sousa, aí protegeram o abade Radulfo perseguido aquando das invasões muçulmanas de 994 dirigidas por Almançor, dando assim origem à instalação de uma comunidade de monges beneditinos.

Este exemplo de altruísmo e de entrega ao seu semelhante foi incutido por este casal de nobreza de origem e de coração na educação esmerada do seu filho Egas Moniz e que foi reconhecida por D. Henrique de Borgonha, conde de Portucale, o condado portucalense.

Pois, foi o próprio D. Henrique quem confiou a Egas Moniz a educação do seu filho, D. Afonso Henriques. E foi precisamente essa função de relevo que lhe deu o cognome de “O Aio” e permitiu a preparação do jovem e, então, conde Afonso Henriques, para o advento da nacionalidade portuguesa.

 

 

Há muito, os barões de Entre Douro e Minho ambicionavam a independência real do Condado Portucalense. A vassalagem ao Reino de Leão e Castela, se durante a vida de D. Urraca, era relativamente bem aceite, à morte desta e com a prepotência de Afonso VII, herdeiro do trono, que se auto-intitulou de “Imperador de Toda a Hispânia”, tornou-se insuportável, dando assim início à luta armada pela independência e alargamento das fronteiras que sofre um primeiro revés com o cerco feito por Afonso VII a Guimarães, então, sede política do condado. Para proteger a população, Afonso Henriques aceita prestar juramento de vassalagem ao imperador, e envia, como emissor, Egas Moniz.

Mas, na verdade, Afonso Henriques não só nunca chega a prestar esse juramento como continua, aliás, a expansão, estabelecendo a sua nova capital em Coimbra.

 

 

Receando uma resposta em força de Afonso VII, dotado dos maiores valores da honra e da palavra dada, mas, sobretudo, fortemente ligado a um nacionalismo firme e crescente, Egas Moniz dá um exemplo de abnegação em prol do bem de uma nação em criação, entregando-se, com a sua família, descalço e com um baraço ao pescoço, como penhor da vassalagem. Este exemplo de honradez e de sacrifício comove Afonso VII que abdica de parte do seu império, estabelecendo a paz com o Condado Portucalense.

 

Mas, este espírito de entrega está sem dúvida ínsito neste povo penafilense, porquanto, séculos depois, a 23 de outubro de 1887, aí também nasce um homem cujo coração se abriu para acolher os mais desfavorecidos, o Padre Américo Monteiro de Aguiar, fundador da Casa do Gaiato, sede da Obra da Rua, que acolhe órfãos e meninos em perigo velando pela sua educação e bem-estar, e fundador das casas do Património dos Pobres que abrigam pessoas carenciadas.

 

Paço de Sousa, terra reconhecida com a atribuição de foral aos idos de 1223, é assim o berço sublime de um povo que soube construir a sua história em comunidade num vale com paisagens rurais e naturais de uma rara beleza, adornadas pelas margens do rio Sousa que lhe deu o apelido.

Um povo rico em tradições etnográficas e religiosas que festeja com alegria as suas romarias dedicadas à Nossa Senhora de Lurdes e a São Lourenço, mas também em gastronomia, onde primam os sabores que mereceram a distinção de Património Imaterial da Humanidade, em especial a lampreia, o sarrabulho doce, as carnes de porco sabiamente temperadas e o pão-de-ló.

 


>> Veja o Roteiro das Terras de Egas Moniz

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