História de Amareleja



Amareleja foi desde muito cedo habitada por gerações, que ultrapassando as idades mais próximas, se vão radicar no homem pré-histórico.

 

Na obra "Amareleja, rumo à sua história", Padre João Rodrigues Lobato refere que diversos vestígios de diferentes épocas – machados de sílex, vestígios da fundição de metais, sepulturas, desenhos lavrados, etc. –, leva-nos a concluir que os vestígios mais abundantes são da época romana, manifestados desde o Carapetal, a Norte da Vila e por todo o prolongamento do Vale de Navarro, Donas, Boa Vista, Vale Tamujo e Garrochais, com tendência a aproximar-se do Ardila.  

 

 Não aparecem, no entanto, nestes locais quaisquer inscrições, fator condicionado pelas atividades pastoris e não guerreiras ou fidalgas dos seus moradores.

 

 

Aquando da Reconquista, uma vez tomada Moura aos Mouros, D. Sancho II entregou a vila aos Cavaleiros da Ordem Hospitalar, estabelecendo em Amareleja um senhorio regido segundo o regime feudal.

 

Assim, o repovoamento local data entre os séculos XIII e XIV, aspeto comprovado pelo significado etimológico de muitos casais e herdades que compunham a freguesia.

 

 

Crê-se que as necessidades religiosas teriam levado, nos finais do séc. XV, à construção da Igreja de Santo António (padroeiro dos gados em muitas regiões do país), originando a sua fixação e forma de núcleo populacional e ao seu incremento levando à construção de outros templos religiosos.


 

Num documento de 1695, a freguesia foi chamada de MARELEJA. A origem do nome da freguesia, segundo algumas opiniões, deve-se a expressões dos primeiros povoadores que lhe chamavam "campo das amarelas", designação que lhe veio da abundância de flores amarelas que atapetavam os seus campos ou dos extensos campos de trigo cultivados.

 

Outra versão diz respeito a uma brincadeira de crianças que, divertindo-se a partir ovos contra a porta da igreja, gritavam: “Já amareleja! Já amareleja!”.

 

O termo “Marel” (lugar escolhido para a seleção e apuramento de raças) poderá também ter contribuído para a derivação do nome de Amareleja, na medida em que os rebanhos, em época de reprodução, poderiam juntar-se e os seus pastores designarem esse local como “Mareleia” (acto de procriar, reproduzir).

 

Terra de eleição, abençoada pela luz do sol e pela cor e aroma dos seus campos que a conduzem na senda da prosperidade, Amareleja foi elevada à categoria de Vila em 16 de agosto de 1991 (Lei 95/91).

 

 

 

 

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