Roteiro das Terras de Mareleja



Roteiro das Terras de Mareleja, o campo das amarelas e Rota do Sol


A Amareleja iluminada desde sempre pelo amarelo do sol que a enobrece e pelas flores do campo que a revestem de beleza, teria de encontrar uma toponímia rica em desígnios guiando-a ao longo da sua História na senda da prosperidade. Ao longo desse caminho, a Amareleja foi enriquecendo o seu património cultural, arquitetónico e ambiental.

 

      Igreja Matriz

 A Igreja Matriz de Amareleja, cuja padroeira é Nossa Senhora da Conceição, ergue-se nesta notória terra Alentejana, muito provavelmente desde o século XVI, altura em que foi fundada. Esta igreja não tem qualquer estilo arquitetónico, mas tem a beleza das casas alentejanas com as suas paredes imaculadamente brancas e o seu natural aconchego. Possui uma só nave com um altar-mor com a figura da padroeira, e duas capelas colaterais.

 

Ao longo dos séculos foi alvo de variadas reparações, como foi o caso da reedificação do campanário da Igreja em 1757, destruído durante o terramoto de 1755, a construção da abóbada em 1821, uma vez que o teto até então era de madeira.

Esta Igreja tem uma característica muito invulgar, no lado esquerdo da sua frontaria existe um pequeno nicho, um pouco acima da porta, onde nasceu uma oliveira. Não se sabe como ali surgiu pois não há memória de alguém a ter semeado. Outras das suas características é um lindíssimo painel em azulejos azuis com a imagem de nossa Senhora da Conceição que data do ano de 1958, e encontra-se ao lado da oliveira.

Curiosidade também é a imagem de Nossa Senhora que está no altar-mor e foi oferecida por Dona Margarida Garcia Vasquez, em 1920, vinda de Itália e das melhores casas de escultura de Milão.

 

Trata-se de uma Igreja cuja estrutura reflete a pureza da arquitetura alentejana, e, sem dúvida, um local a visitar.

 

 

 

 

 
Torre do Relógio

 

Também conhecida ou chamada pela Igreja da Praça ou Igreja do Relógio, por se encontrar na sua torre o relógio de quatro mostradores que a toda a vila dá as horas e estar numa praça, de seu nome Praça da República.

 

A sua construção teve início do século XIX. Pelo facto da igreja matriz se ter tornado pequena, a população juntou-se, uns com trabalho, outros com material, outros com dinheiro e deram início à construção da nova igreja.

 

 A sua maior benfeitora, foi uma senhora que tinha um filho na guerra que há muito não lhe dava notícias. Por este facto a senhora prometeu grande ajuda monetária para a nova igreja. Passado algum tempo o seu filho voltou são e salvo e a senhora cumpriu até ao fim dos seus dias. Com a sua morte os seus herdeiros não continuaram a obra por várias razões, sem os donativos a construção parou. Em 1838, foi transformada em cemitério.

 

As obras recomeçaram em 1879 não chegando nunca a ser concluídas.

 

 Atualmente é usada como sala de espetáculos, exposições, etc.

 

 Tal como todas as outras igrejas também esta é pertence da fábrica da Igreja de Amareleja.

 

 Capela de Santo António

 

 Construída no século XVI, crê-se que a capela de Santo António tivesse sido o primeiro lugar de culto em Amareleja.

 

 

 

 Trata-se de um monumento de arquitetura religioso, popular, vernácula. Capela de nave única, abobada com capela-mor quadrada coberta por domo assente em pendentes, correspondendo a uma tipologia corrente na arquitetura popular do Alentejo; exterior de grande austeridade, destacando-se o campanário, e interior o despojado, apenas com a cúpula decorada com argamassas relevadas.

 

 

 

Esta capela funcionou até 2005, altura em que foi construída a casa mortuária de Amareleja, como sala de velório.

 

Capela da Tapada dos Arrochais ou Santo Isidro

 

Conhecida pela capela ou ermida do Sr. Domingos Garcia, autor da sua restauração.Era um ponto de passagem e paragem na grande romaria ao convento da Tomina, feita pelas populações em redor e a qual durava três dias. Este caminho era e é ainda conhecido pelo caminho da senhora ou da santa.

 

          Capela de São Vicente

 

 

 Esta capela encontra-se na Herdade de Estepa. A população de amareleja, em anos de grande seca, tinha a tradição e a crença de ir buscar o São Vicente à capela e fazer uma procissão pelos campos para que o santo lhes trouxesse chuva.

 

 

 

 

Casa da Palmeira

 

 

 

 

 De arquitetura civil, eclética, genuína é uma casa de habitação que apresenta uma organização com raízes na tradição genuinamente regional, com um só piso, organizado um torno de um corredor longitudinal que liga a porta principal ao quintal, e compartimentos organizados em três ordens, uma sobre a rua, a que correspondem as salas, outra interior a que correspondem quartos e arrumos e uma terceira sobre o quintal a que corresponde a sala de jantar e quartos, a cozinha e dependências desenvolvem-se num corpo adossado, sobre o quintal onde se elevam dependências de apoio à atividade agrícola.

 

 

 

Este esquema tradicional é enriquecido por uma decoração de gosto eclético, onde se recorre a azulejos de padrões policromos, em silhares e rodapés, pinturas murais e estuques relevados, muitas vezes articulados em medalhões, conferem ao interior uma grandiosidade rara na arquitetura civil regional, mas é visível um carácter popular na riqueza do colorido denotando uma execução por mestres regionais que recorrem a técnicas decorativas que durante séculos foram frequentes na arquitetura religiosa. A sua construção data dos finais do séc. XIX e representa um raro exemplo de uma sumptuosa casa de gosto eclético de finais do mesmo séc., com uma rica decoração que reflete a popularização e aclimatização de linguagens plásticas vindas do exterior e o seu cruzamento com a tradição local. Foi utilizada como residência principal talvez de algum grande proprietário agrícola. Fonte: (www.monumentos.pt)

 

 Moinhos

 

 

De arquitetura de produção, período moderno, outrora trabalhavam de Sol a Sol, hoje jogados ao abandono encontram-se em avançado estado de degradação. Contam-se ao longo do Rio Ardila vários moinhos também chamados azenhas (Vaca, Serralhão, Novo, Santa Marina, Caveira, Volta, Viegas, Figueira e Doutores).

 

 

 

Os moleiros recebiam as sementes que transformavam em farinha, e depois em cada lar era transformada em pão, pão que na altura era a base da alimentação de muitas famílias, que pouco mais tinham para comer, estes para além da sua atividade cerealífera, ocupavam-se também com a pesca, semeavam algumas várzeas e tinham um barco que utilizavam para transportar pessoas e carga para a outra margem.

 

                                                        Ponte Romana

 Existe uma ponte romana bastante degradada no rio Ardila, a umas dezenas de metros da ponte que liga Amareleja a Barrancos e pensa-se que permitia o acesso a Noudar.

 

Pelas suas características e pouca largura, tudo aponta para uma passagem pedonal.

 

Central Solar Fotovoltaica

 

 

Na Vila de Amareleja, terra com tradições bem vincadas e produtos de grande qualidade cuja fama (e proveito) ultrapassa a freguesia, nasceu o maior projeto de energias renováveis do mundo trouxe a esta freguesia de intensa luminosidade, a notoriedade nacional e internacional pelo pioneirismo da sua Central Fotovoltaica.

 

A Central Fotovoltaica de Amareleja – Moura é, com 46 Megawatts, é a maior potência a nível mundial dotada de um sistema de painéis solares. A central está instalada na freguesia de Amareleja, concelho de Moura, e ocupa uma área de mais de 250 hectares. É constituída por mais de 2500 estruturas programadas para acompanhar automaticamente a trajetória do sol sobre o horizonte em cada dia do ano e, desse modo, otimizar a produção de energia. A central Solar Fotovoltaica de Amareleja – Moura produz energia limpa suficiente para abastecer 30000 habitações.

 

Estação Biológica do Garducho

 

O centro de Estudos da Avifauna Ibérica (CEAI) é uma organização não-governamental de Ambiente, dedicada à conservação dos recursos naturais, através da investigação, intervenção e educação ambiental.

 

Sediado em Évora, o CEAI teve a sua constituição legal a 4 de junho de 1991, tem hoje cerca de 600 associados e um vasto trabalho de cariz ambiental. A sua principal área geográfica de intervenção é o sul do país (Alentejo e Algarve), nas seguintes áreas de atuação: conservação da natureza e investigação aplicada; informação; sensibilização e Educação Ambiental. A Estação Biológica do Garducho (www.ceai.pt/), situada na freguesia da Granja, no concelho de Mourão, vocacionada para a promoção e valorização do património natural da região onde se insere.

 

A inauguração oficial da Estação decorreu a 19 de Outubro de 2010, onde se comemorou o facto de ter sido laureada com o mais importante galardão da arquitetura ibérica – prémio FAD 2009, atribuído pela Arquinfad (Barcelona, Espanha). A intervenção arquitetónica pretende conciliar as condições climatéricas adversas da região com contemporaneidade, integração na paisagem e sustentabilidade energética do edifício.

 

A estação está dotada de um espaço expositivo, atualmente em construção, sobre os valores naturais da região, uma área de trabalho técnico e uma unidade de alojamento para investigadores e estudantes universitários, nacionais e estrangeiros.

 

O projeto é ambicioso e inovador, e pretende contribuir para a dinamização socioeconómica da Margem Esquerda do Guadiana – uma da mais deprimidas regiões de Portugal e da Europa. A estação será um foco de atração para escolas, turistas nacionais e estrangeiros, que pretende contribuir para dinamizar a depauperada economia local, nomeadamente os

 

 

sectores de restauração e hotelaria. As ações de educação ambiental, os percursos pedestres, os seminários e workshops, os cursos de formação, os campos de férias e os projetos de investigação e conservação dirigidos para espécies ameaçadas, serão algumas das atividades a desenvolver.

 

Pretende-se através deste projeto desenvolver também uma intervenção a nível da consciencialização, sensibilização e educação ambiental, tendo como espaço de ação a área geográfica de intervenção da Estação Biológica do Garducho.

 

Como resultados finais espera-se contribuir para uma maior informação e consciencialização ambiental de toda a comunidade e lançar as bases para uma futura intervenção a nível da valorização da paisagem, da preservação e requalificação ambiental e da reabilitação do património natural desta região.

 

 

Baldio das Ferrarias

 

Esta forma de propriedade comunal é entre nós antiquíssima e em boa parte dos casos anterior à própria Nacionalidade.

 

 Os Baldios integravam-se nos bens comuns dos concelhos e das freguesias, sendo utilizados por todos os seus habitantes.

 

Em Amareleja também existiram vários Baldios dos quais resta hoje um com cerca de 900 ha que foi submetido ao regime Florestal desde o início dos anos 60, os outros que existiram estão hoje integrados em propriedades particulares e só as pessoas mais idosas conhecem alguns desses nomes e a sua localização.

 

Outrora uma parte desta propriedade era dividida em lotes, e esses lotes sorteados pelos habitantes. Outra forma de organização designava-se de Adua e consistia na gestão do pastoreio nessa propriedade de forma comunitária, ainda hoje existe uma rua que dava acesso à propriedade e que se domina travessa da Adua.

 

A propriedade é hoje ocupada quase na totalidade por eucaliptos e Pinheiros, possui três albufeiras e uma paisagem encantadora, sendo o lugar perfeito para um piquenique ou um passeio.

 

 

O baldio das ferrarias é o local escolhido para a Romaria que tradicionalmente se realiza na segunda-feira de Páscoa e que é organizada pela associação Equestre. É ai nesse cenário idílico que as famílias se reúnem em volta do seu farnel e se convidam, e se confundem entre elas, convivendo alegremente, cantando lendas canções e disfrutando do ar puro que aí se respira.

 

 

 Parque de Merendas

        

 

O Parque de merendas foi inaugurado a 17 de Agosto de 2013. O parque possui cerca de 600 lugares sentados com cerca de 40 mesas e 5 churrasqueiras, integradas na bela paisagem do Baldio das Ferrarias. Encontra-se ainda no parque um balneário público com casa de banho para mulheres, homens e deficientes, dotado ainda de chuveiros.

 

O espaço é bastante agradável, muito amplo com espaço para se fazer campismo. Está a ser estudado um projeto para no futuro ser implementado um parque de autocaravanas.

        

 

A Rota do Sol

 

 

E porque Amareleja é sol e beleza de paisagens urbana e natural, convidamos a um percurso pedestre, marcado nos dois sentidos, segundo as normas da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal – UPD que o levará a descobrir os encantos da Amareleja.

 

   

 

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